sexta-feira, 30 de abril de 2010

Como se conjulga o amor...

Amor é um verbo, de Gary Chapman, é uma coletânea de histórias reais, exemplos do verdadeiro significado do amor.

“ESTE foi o culto mais maravilhoso de que já participei.” Disse minha amiga Kathy depois do culto fúnebre de meu marido. “Como você e Duane conseguiram formar uma família tão amorosa e unida?”
Ouvi esse comentário repetidas vezes. Era verdade. Fomos abençoados com uma união de 47 anos, três filhos com casamentos sólidos e oito netos. O que ninguém sabia é que nosso relacionamento tão próximo ficou em escombros numa tempestuosa noite de inverno. Naquela noite percebi que não senti mais amor por meu marido.
Clique! Clique! Clique! Deixei meu tricô de lado par procurar a fonte daquele barulho irritante. Depois de onze anos de casamento meu marido estava sentado em frente ao televisor, bebendo seu chocolate quente com uma colher. Sentia uma aversão particular por aquele hábito.
Duane tinha uma razão pratica para tomar aquela bebida daquele jeito. Obeso, ele poderia facilmente beber dois ou três copos. Usando uma colher, bebia apenas um. Mas havia mais coisas que me perturbavam, além da colher batendo no copo. Era difícil conviver com Duane. Quando ele não me criticava, era comum ficar sentado em silencio, recusando comunicar-se por longos períodos de tempo.
Ele havia mudado muito desde o dia de Ação de Graças que nos conhecemos. Ele me pediu em casamento em nosso segundo encontro e eu aceitei no terceiro. Larguei a escola e nos casamos seis meses depois, em abril. O casamento não deveria ter acontecido. Éramos muito jovens e impetuosos.
O divórcio não fazia parte do leque de opções. Nós dois respeitávamos muito a instituição do casamento, ainda que ela tivesse se tornado uma prisão.
Reagindo a um desejo repentino, peguei papel e lápis, sentei-me a mesa da cozinha e fiz uma lista dos defeitos de meu marido. Quando terminei, olhei demoradamente para as cinco coisas que eu havia escrito naquela folha. Em outra folha tomei nota das qualidades de Duane. Esta lista era longa e incluía muitas das características que me atraiam nele desde o inicio.
Peguei outra folha de papel e tomei nota das minhas qualidades. Minha lista de pontos positivos era apenas um pouco maior que a lista de defeitos de Duane. Então comecei a fazer minha própria lista negativa. Escrevi, Escrevi e Escrevi. O lápis chegou ao pé da pagina, revelando muitas das minhas falhas. Examinei cada uma delas cuidadosamente e percebi que a mudança nessas áreas fariam de mim uma pessoa melhor.
Não falei com Duane a sobre a experiência que me abriu os olhos.
Para a minha surpresa, logo passei a ter um novo respeito pelo meu marido, e meu amor voltou mais rico do que nunca. Conforme mudei para melhor, Duane passou a me tratar com amor e respeito renovados e suas criticas cessaram.
Isso aconteceu a trinta e seis anos atrás. Depois desse evento passamos a desfrutar o amor profundo que surge quando duas pessoas passam muitos anos juntas.
Conforme olharmos conscientemente apenas para as coisas boas, não demorará muito até que elas sejam a única coisa que vejamos.
*Trecho extraído do livro Amor é um verbo, de Gary Chapman.

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